segunda-feira, 9 de junho de 2014

Estudo: Amai-vos uns aos outros II

JOÃO 13.35

 Pouco antes de ser preso, julgado e morto, Jesus passou uma última noite em companhia dos discípulos. Sabendo que dispunha de pouco tempo para estar com eles e que em breve os deixaria, Jesus contou aos discípulos alguns dos fatos mais básicos e importantes da vida cristã. Falou sobre o significado de sua morte, a vinda do Espírito Santo, a esperança da vida vindoura na casa do Pai, a missão a ser cumprida pelos discípulos, e também sobre o conflito entre o mundo e os crentes. Nessa noite, ele deu aos seus discípulos um derradeiro mandamento: que se amassem uns aos outros. Este mandamento, refletido em quase todos os livros no Novo Testamento, é fundamental à vida cristã.

 Jesus atribuiu a maior importância possível a este mandamento quando afirmou que a obediência ao mesmo, seria o universal distintivo de todo discípulo seu. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros (João 13.35). O apóstolo João também deu grande importância a este mandamento, quando disse que o homem que não ama ao seu irmão, tão pouco ama a Deus. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1 João 4.20).
 Este preceito tem, pelo menos, duas implicações básicas:
 1. Que nos amemos uns aos outros não é optativo. De todos os que creem no Senhor Jesus, é requerido que amem a todos os outros que também Nele creem. Não amar é desobedecer à ordem específica do Senhor Jesus Cristo.
 2. Que nos amemos uns aos outros não é automático. É algo que faremos ou não, de acordo com a nossa vontade de obedecer.
 Amor é uma palavra quase impossível de se definir, mesmo quando descartamos as ideias falsas do amor e nos restringimos àquelas apresentadas pela Bíblia. Ele é algo interior, que se demostra pelas ações. O amor é uma atitude ou afeição interna, que se manifesta em comportamentos e ações caracterizados pela boa vontade, e que procura contribuir unicamente para o bem da pessoa amada.
 Jesus chamou de “novo” este mandamento. A palavra grega que ele utilizava, comunica a ideia de um tipo de amor previamente desconhecido, e diferente em qualidade. A nova qualidade do amor que Cristo ordenava, parece que é esta: que devemos amar assim como Cristo tem nos amado. Antes que Deus se revelasse plenamente em Jesus Cristo, o amor talvez consistisse principalmente em evitar qualquer ação que prejudicasse ao próximo (Êxodo 20.13-17). Mas agora, o amor tem um padrão novo: o de procurar oportunidades para fazer o bem aos outros, e de modo especial aos cristãos, assim como Cristo procurou fazer o bem a nós.
 Da mesma maneira que Cristo nos amou, assim devemos amar-nos uns aos outros. Fazemos isto obedecendo aos mandamentos do Novo Testamento que nos mostram como tratarmos uns aos outros e o que fazermos uns pelos outros. Deus não quer que amemos uns aos outros só para evitarmos a desobediência a um mandamento. Ele quer ver em nós aquela atitude interna de boa vontade, que produza ações e comportamentos que aumente o bem estar do irmão. Somos todos membros da família de Deus. Assim como existe, entre os membros das famílias terrenas, um amor natural entre os irmãos, também deve haver amor entre os membros da família de Deus. Provavelmente, era isto que Paulo tinha em mente, quando recomendou aos romanos que se amassem “cordialmente uns aos outros com amor fraternal” (Romanos 12.10). Deus quer que amemos de modo não fingido, de coração e ardentemente (1 Pedro 1.22).
 PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
 1. Qual foi a maior demonstração de amor que você já recebeu de uma pessoa?
 2. Você já teve dificuldade de demostrar amor para uma pessoa que não tinha um bom relacionamento com você? O que aconteceu?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A